Dólar opera em baixa, com retaliação chinesa aos EUA e dados de inflação no Brasil; Ibovespa sobe

Economia




No dia anterior, a moeda norte-americana teve alta de 0,92%, cotada a R$ 5,8987. Já o principal índice da bolsa de valores teve queda de 1,13%, aos 126.355 pontos. Notas de dólar.
Dado Ruvic/ Reuters
O dólar opera em baixa nesta sexta-feira (11), com o mercado reagindo à nova retaliação chinesa contra o tarifaço promovido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Por volta das 13h40, a moeda norte-americana era cotada a R$ 5,87.
A China anunciou nesta manhã que vai aumentar as tarifas de importação de produtos que chegam dos EUA de 84% para 125%, informou o Ministério das Finanças.
A nova taxação do país asiático sobre produtos americanos é mais uma reposta às medidas impostas por Trump. Na quinta-feira (10), os EUA confirmaram que as tarifas impostas ao país asiático somam 145%.
Além da continuidade da guerra tarifária, o mercado brasileiro também repercute a divulgação do mais recente dado de inflação do país. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,56% em março, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado veio em linha com as projeções do mercado financeiro, sem causar surpresas negativas que poderiam influenciar no preço do dólar no Brasil.
Já o Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta.
Veja abaixo o resumo dos mercados.
Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair
💲Dólar
Às 13h40, o dólar caía 0,47%, cotado a R$ 5,8711. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda americana teve alta de 0,92%, cotada a R$ 5,8987.
Com o resultado, acumulou:
alta de 1,08% na semana;
ganho de 3,38% no mês; e
perda de 4,55% no ano.

a
📈Ibovespa
No mesmo horário, o Ibovespa subia 0,59%, aos 127.098 pontos.
Na véspera, o índice teve baixa de 1,13%, aos 126.355 pontos.
Com o resultado, o Ibovespa acumulou:
queda de 2,61% na semana;
recuo de 4,86% no mês; e
ganho de 3,03% no ano.

O que está mexendo com os mercados?
A nova tarifa da China sobre os EUA, de 125%, entra em vigor já neste sábado (12), segundo publicação da Embaixada da China nos EUA.
“A imposição pelos EUA de tarifas anormalmente altas à China viola gravemente as regras do comércio internacional e econômico, as leis econômicas básicas e o bom senso, sendo um ato completamente unilateral de intimidação e coerção,” disse o Ministério das Finanças da China, em comunicado.
O mercado durante a semana
O humor do mercado mudou completamente depois que o presidente dos EUA anunciou que irá pausar por 90 dias o programa de tarifas recíprocas, e reduzirá para 10% as tarifas de importação contra países, exceto a China.
O líder norte-americano anunciou que reduzirá para 10% as taxas recíprocas a países que não retaliaram a política de tarifas recíprocas, pelo prazo de 90 dias. A exceção foi a China, que teve as tarifas elevadas para 145%, conforme explicou a Casa Branca nesta quinta-feira (10).
“Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou, por meio deste, aumentando a tarifa cobrada da China pelos Estados Unidos da América para 125%, com efeito imediato”, escreveu Trump.
Em seu pronunciamento, Trump falou em aumento de 125%, mas não esclareceu que seria em relação à taxa de 84% anunciada nesta semana. Ela se soma à tarifa de 20% relacionada ao fentanil e imposta anteriormente à China, completando os 145%.
No dia anterior, a China havia anunciado uma nova tarifa de 84% sobre os produtos americanos. Em duelo com os EUA desde o anúncio das tarifas recíprocas, a China disse que estava preparada para “revidar até o fim” contra o plano de Trump de reduzir as importações.
A questão para a economia global é que o aumento de tarifas traz as seguintes consequências:
➡️ As tensões crescentes entre os países elevam as incertezas globais com o futuro da economia.
➡️ Mais tarifas tornam os produtos que chegam aos países mais caros, o que contribui para um aumento da inflação.
➡️ Com os preços altos, o mercado teme que aconteça uma redução nos níveis de consumo da população, além de uma queda no comércio internacional.
➡️ Esse cenário nas maiores economias do mundo eleva os temores por um período de recessão global.



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