Esse é o pior resultado para março desde 2020, no auge da pandemia da Covid-19. Nos três primeiros meses do ano, país criou 654 mil vagas com carteira assinada, com queda de 9,8% frente ao mesmo período do ano passado. A economia brasileira gerou 71,6 mil empregos formais em março deste ano, informou nesta quarta-feira (30) o Ministério do Trabalho e do Emprego.
Ao todo, segundo o governo federal, foram registradas em março:
2,23 milhões de contratações;
2,16 milhões de demissões.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, que teve geração de 245,4 mil empregos formais, houve um queda de 71%, conforme dados oficiais.
Esse também é o pior resultado para meses de março desde 2020, no auge da pandemia da Covid-19 — quando foi registrada a demissão de 295 mil trabalhadores formais.
Veja os resultados para os meses de março:
2020: 295 mil vagas fechadas
2021: 154,2 mil empregos criados
2022: 99,16 mil vagas abertas
2023: 194,9 mil empregos criados
A comparação dos números com anos anteriores a 2020, segundo analistas, não é mais adequada, porque o governo mudou a metodologia.
Primeiro trimestre
De acordo com o Ministério do Trabalho, 654,5 mil empregos formais foram criados no país nos três primeiros meses deste ano.
O número representa queda de 9,8% na comparação com o mesmo período de 2024, quando foram criadas 725,9 mil vagas com carteira assinada.
Essa foi a menor geração de empregos para os três primeiros meses de um ano desde 2023, quando foram criadas 537,4 mil vagas formais.
Ao fim de março de 2025, ainda conforme os dados oficiais, o Brasil tinha saldo de 47,86 milhões de empregos com carteira assinada.
O resultado representa aumento na comparação com fevereiro deste ano (47,78 milhões) e com relação a março de 2024 (46,24 milhões).
Empregos por setor
Os números do Caged de março de 2025 mostram que foram criados empregos formais em três dos cinco setores da economia. O maior número absoluto foi no setor de serviços. O comércio foi o setor que mais demitiu no mês passado.
Regiões do país
Os dados também revelam que foram abertas vagas em quatro das cinco regiões do país no mês passado.
Salário médio de admissão
O governo também informou que o salário médio de admissão foi de R$ 2.225,17 em março deste ano, o que representa alta real (descontada a inflação) em relação a fevereiro deste ano (R$ 2.221,11).
Na comparação com março do ano passado também houve crescimento no salário médio de admissão. Naquele mês, o valor foi de R$ 2.195,92.
Caged x Pnad
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados consideram os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não incluem os informais.
Com isso, os resultados não são comparáveis com os números do desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continua (Pnad).
Segundo dados oficiais, a taxa de desemprego no Brasil foi de 7% no primeiro trimestre de 2025. Esta foi a menor taxa de desemprego para um trimestre encerrado em março desde que o IBGE começou a calcular o índice, em 2012.
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