Com maior alta do chocolate em 13 anos, vendas devem cair na Páscoa em 2025, estima confederação

Economia




Chocolate deverá registrar aumento médio de 18,9%, o maior reajuste em 13 anos. Alta é atribuída à valorização do cacau no mercado internacional e à desvalorização do real frente ao dólar, que passou de R$ 5 para R$ 5,80 em um ano. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estimou nesta segunda-feira (14) que as vendas deverão somar R$ 3,36 bilhões na Páscoa.
🔎No entanto, esse valor representa queda de 1,4% na comparação com o ano passado, já descontada a inflação.
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De acordo com a entidade, a principal razão para o recuo é disparada dos preços de produtos típicos da celebração, especialmente o chocolate.
Com isso, será interrompida uma sequência de alta nas vendas que vêm desde 2021.
O chocolate deverá registrar aumento médio de 18,9%, o maior reajuste em 13 anos.
A alta é atribuída à valorização do cacau no mercado internacional e à desvalorização do real frente ao dólar, que passou de R$ 5 para R$ 5,80 em um ano.
“Embora o mercado de trabalho siga mostrando dinamismo no País, os altos preços tendem a conter o entusiasmo do consumidor. Com isso, a Páscoa de 2025 deve reafirmar um cenário de consumo mais cauteloso, ainda que os apelos emocional e tradicional da data mantenham seu peso no calendário do varejo nacional”, avaliou a CNC, por meio de nota.
A entidade observa que a cesta de bens e serviços ligados à Páscoa, composta por oito itens, deve ter um aumento médio de 7,4% nos preços.
Além dos chocolates, destacam-se também os reajustes do bacalhau (+9,6%) e do azeite de oliva (+9,0%), dois produtos tradicionais nas ceias comemorativas.
“O momento atual da economia brasileira é marcado por pressões inflacionárias vindas do mercado internacional e pela volatilidade cambial. O varejo sente os efeitos de um cenário macroeconômico incerto, o que resulta na desaceleração do consumo em datas importantes como a Páscoa. Isso força o setor a rever suas estratégias e planos em curto, médio e longo prazo”, afirmou o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

Fredson Navarro / G1SE
De acordo com o economista da CNC, Fabio Bentes, outro indicativo de desaquecimento nas vendas da Páscoa neste ano é a queda das importações.
Dados da Secretaria de Comércio Exterior mostram que, em março, a entrada de chocolates importados recuou 17,6%, enquanto o bacalhau teve retração de 11,7% em volume.



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