As polícias do Rio de Janeiro realizam uma operação contra o traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, o “Peixão”, líder do Terceiro Comando Puro (TCP), no Complexo de Israel, na manhã desta terça-feira (11).
As equipes estão na região para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao traficante. A operação é liderada pelos departamentos de operações especiais das polícias Civil e Militar.
A investigação aponta que os locais investigados foram construídos e são utilizados por Peixão para atividades criminosas, incluindo armazenamento de armas e drogas. Entre eles estão um imóvel de alto padrão em Parada de Lucas, uma academia de musculação e o “resort” de luxo do traficante.
A Supervia informou um tiroteio devido à operação próximo à estação de Vigário Geral, comunidade que faz parte do Complexo de Israel. A Avenida Brasil ficou fechada por cerca de 30 minutos, mas foi liberada nos dois sentidos por volta das 6h.
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A operação conta com policiais civis da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), responsável pelas investigações; Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA); Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE); além de policiais militares do Comando de Operações Especiais (COE).
Durante a operação, os agentes prenderam duas pessoas na região com uma moto roubada. Eles foram encontrados perto do imóvel de Peixão e um deles tinha um mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas.
Ao todo, quatro pessoas foram presas, sendo duas que tinham mandados de prisão em aberto e duas autuadas em flagrante.
Segundo a investigação, o imóvel em Parada de Lucas é financiado com dinheiro ilícito e utilizado como esconderijo e base operacional do líder do TCP.
A academia é um dos pontos de encontro da facção, enquanto a mansão de Peixão foi contruída irregularmente, em área de preservação ambiental, com vasta supressão de vegetação nativa e alteração do curso d’água, também de acordo com a polícia.
A operação visa a coletar provas que fortaleçam as investigações sobre a associação criminosa, assim como apreender materiais ilícitos, incluindo armas de fogo, equipamentos eletrônicos e documentos que possam contribuir para o esclarecimento de crimes praticados na região.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) informou que, até o momento, as “unidades da rede de saúde estadual estão funcionando normalmente”.
Já segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os centros municipais de saúde Iraci Lopes e José Breves dos Santos suspenderam o início do funcionamento.
Na área da educação, 10 unidades escolares na região foram impactadas pela operação, de acordo com a Secretaria Municipal de Educação. Nenhuma escola estadual precisou ser fechada.
