Denúncias contra conteúdo criminoso no Discord aumentaram 272% no primeiro trimestre de 2025

Tecnologia



Entre as violações mais comuns no ambiente digital estão a chantagem com fotos íntimas, indução à automutilação, estupro virtual e incitação ao suicídio. O Fantástico deste domingo (6) como a políticia está se infiltrando em comunidades online — especialmente no Discord — para combater crimes brutais contra menores de idade. Denúncias contra conteúdo criminoso no Discord aumentaram 272% no 1º trimestre de 2025
O Fantástico deste domingo (6) mostrou como policiais e promotores de diferentes regiões do país estão se infiltrando em comunidades online — especialmente no Discord — para combater crimes brutais contra menores de idade. (veja no vídeo acima).
Em 2023, a reportagem já havia mostrado que crimes estavam sendo praticados no Discord. As denúncias contra conteúdo criminoso na plataforma aumentaram 272% no primeiro trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
‘Sua filha não está dormindo, sua filha vai ser vítima de um estupro virtual’, diz agente infiltrado no Discord para combater crimes contra menores
Em nota, o Discord disse que as ações horríveis dos grupos investigados nessa operação não têm espaço na plataforma e que conta com equipes especializadas dedicadas a combater esse tipo de grupo criminoso.
“Eles evoluíram em alguns pontos, no que diz respeito, por exemplo, à detecção de imagens de abuso sexual infantil. Eles usam algoritmos de detecção automática para remover estes conteúdos. Houve um avanço no que diz respeito à cooperação com autoridades, mas isso se limita ao pós-fato”, explica Thiago Correa Tavares, presidente da Sefernet Brasil e professor de Direito de Tecnologia. “Quando a plataforma começou a atuar no Brasil eles sequer tinham um canal para as autoridades requisitarem este tipo de dado. Isso foi criado depois das duas matérias do Fantástico”, conta.
Como os pais podem ajudar na experiência digital dos filhos
💡 Converse com frequência
Reserve ao menos um momento por semana para dialogar com seu filho sobre o que ele vê e por onde circula na internet.
“A primeira forma de você se certificar de que seus filhos estão vivendo uma experiência virtual segura, saudável, é você dialogar com seu filho. É você ter pelo menos uma vez na semana uma conversa mínima que seja, para você saber o que é que ele vê, por onde ele circula”, explica Hugo Monteiro Ferreira, professor do Departamento de Educação da Universidade Federal Rural de Pernambuco.
💡 Reforce cuidados com estranhos no ambiente virtual
Ensine seus filhos a não interagir com desconhecidos online, da mesma forma que faria no mundo real.
“A gente tem, inclusive, o hábito de dizer, não converse com estranhos. Essa mesma lógica se aplica para a plataforma Discord, para qualquer relação virtual. ”
💡Respeite os limites de idade para uso de telas
Siga as recomendações médicas sobre o uso de dispositivos por crianças e adolescentes.
“Atualmente, a gente tem legislação no Brasil que ajuda bastante. Por exemplo, criança até 7 anos não deve utilizar telas. Essa é uma orientação da Associação Brasileira de Pediatria há muito tempo. Dos 7 aos 13 anos, por exemplo, usar para funções pedagógicas, usar com bastante acompanhamento, sem deixar que seu filho ou sua filha passem a viver uma experiência contínua com as telas. Eu sugiro que liberar mesmo a partir dos 16 anos. Mas liberar mesmo, nesse caso, não significa liberar para tudo”, explica o especialista.
Falta de regulamentação das redes sociais
No Brasil, um projeto de lei que nasceu no Senado com o objetivo de regulamentar as redes sociais enfrentou forte oposição e acabou engavetado na Câmara dos Deputados em abril do ano passado. Agora, o governo federal pretende apresentar uma nova proposta nos próximos meses.
Enquanto não há uma legislação que obrigue as plataformas a agir de forma mais incisiva, o trabalho de proteger crianças e adolescentes na internet recai sobre as famílias e as autoridades.
Um exemplo é o caso de uma menina de apenas 12 anos, resgatada pela polícia enquanto era vítima de um estupro virtual. “Se não fosse você, eu ainda estaria sofrendo tudo que eu sofria na web e não ia conseguir sair daquele inferno. Tia, sério, você é um anjo na minha vida”, disse a garota à delegada responsável pelo caso.
VEJA A REPORTAGEM COMPLETA
Veja iniciativas que monitoram a internet para evitar abusos contra crianças e adolescentes
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