Secretário dos EUA ameaça Irã com interrupção de exportações de petróleo, um dia antes de negociações de acordo

Internacional




Negociações entre os dois países começa neste sábado (12), em Omã. O governo iraniano afirma estar disposto a chegar a consenso, mas que ‘Teerã busca um acordo real e justo’. Trump sobre Irã: ‘Todos concordamos que um acordo seria melhor do que fazer o mais óbvio”
O secretário de Energia dos Estados Unidos, Chris Wright, disse que o país poderia aumentar a pressão sobre o Irã e interromper suas exportações de petróleo como parte de um plano para pressionar Teerã sobre seu programa nuclear, nesta sexta-feira (11).
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Em entrevista à agência de notícias Reuters durante uma visita a Abu Dhabi, Wright disse que os aliados americanos estão extremamente preocupados com a energia nuclear iraniana e que compartilham o interesse do governo Donald Trump em fazer com que um acordo seja fechado o mais breve possível.
O Secretário de Energia dos EUA, Chris Wright
REUTERS/Kent Nishimura/Foto de arquivo
Negociações entre os EUA e o Irã serão realizadas a partir deste sábado (12) em Omã. Autoridades de Teerã irão se reunir com o enviado dos EUA para o Oriente Médio, Steve Witkoff.
Nesta sexta, Ali Shamkhani, conselheiro sênior do líder supremo Ali Khamenei, afirmou que o Irã está disposto a chegar a um consenso, mas disse que é necessário um acordo “real e justo”.
“Longe de fazer um show e apenas falar para as câmeras, Teerã busca um acordo real e justo; propostas importantes e implementáveis estão prontas”, disse.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Esmail Baqai, também falou sobre a expectativa de Teerã para as negociações, que acontecem após semanas de discussões verbais entre os dois países e ameaças de Donald Trump de uma possível ação militar.
“Estamos dando à diplomacia uma oportunidade real, de boa fé e com total vigilância. Os Estados Unidos devem apreciar esta decisão, que foi tomada apesar de sua retórica hostil”, afirmou Baqai.
O acordo nuclear feito entre o Irã e as grandes potências é de 2015, mas tornou-se obsoleto após a retirada dos EUA em 2018, durante o primeiro mandato de Trump.
As potências ocidentais, começando pelos Estados Unidos, suspeitam há décadas que o Irã quer adquirir armas nucleares. Teerã rejeita as acusações e afirma que suas atividades nucleares se limitam ao setor civil.
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